segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Anelídeos


CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ANELIDEOS

ANELIDEO 
ORIGEM DOS TECIDOS DE UM ANELIDEO ADULTO
(imagem: Google images)


1) TRIBLÁSTICOS
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2) BILATERAL

3) APRESENTAM METAMERIA (apomorfia dos anelídeos)
Corpo segmentado com os segmentos repetidos inúmeras vezes ao longo do corpo (metâmeros = segmentos = anéis).
(Annelida - do latim annelus, pequeno anel)
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4) APRESENTAM CERDAS
Estruturas quitinosas que tem função na locomoção (minhocas terrestres) e auxiliam no deslocamento e na respiração branquial nos anelídeos marinhos (cerdas modificadas chamadas de PARAPÓDIOS).

5) SEGMENTAÇÃO OU METAMERIA

COMO SURGIU A SEGMENTAÇÃO,  QUAL A IMPORTÂNCIA DA SEGMENTAÇÃO? 

A segmentação ou metamerismo é característico de animais cujos corpos são divididos em séries longitudinais de unidades repetidas ou segmentos (metâmeros).

VANTAGENS DA SEGMENTAÇÃO
Uma das  vantagens mais importante da segmentação divide o corpo em uma série de compartimentos, cada um dos quais pode ser regulado mais ou menos independentemente.  Assim, a evolução da segmentação, como a evolução da MULTICELULARIDADE  e da COLONIALIDADE proveu uma rede de especialização. Nas colônias, tal especialização é aparente no polimorfismo dos zoóides, enquanto nos animais segmentados ela resulta em uma especialização regional dos segmentos.

O mais simples exemplo de especialização regional é encontrado em anelídeos nos quais o corpo pode ser fracamente dividido em CABEÇA, TÓRAX e ABDOMEM.  Essas mesmas divisões são mais proeminentes nos insetos e muitos crustáceos. No caso extremo,  por exemplo, nos vertebrados superiores,  mesmo o arranjo segmental dos músculos é obscurecido pela especialização regional (do corpo).
A especiallização regional é o resultado de três processos (restrição, divergência e fusão).
O primeiro é a restrição de certas estruturas segmentais à apenas alguns segmentos, por ex.: as gônadas são geralmente restritas à uns poucos segmentos genitais especializados. Outras estruturas segmentares podem ser retidas em todos segmentos mas podem estruturalmente divergir uns dos outros e adotar funções diferentes.
Tal divergência é comum entre apêndices segmentados alguns dos quais podem ser especializados para locomoção, enquanto outros funcionam, por ex.: para raspar, mascar, realizar trocas gasosas. Especialização também resulta da fusão dos segmentos. Embora a fusão possa ocorrer em qualquer lugar ao longo do comprimento do animal segmentado é comumente expresso como fusão anterior de um ou mais segmentos com um acron para formar uma cabeça complexa.
A cabeça de um poliqueto comum como o Nereis sp. é formada de um acron e no mínimo dois segmentos enquanto que a cabeça de  uma mosca das frutas (Drosophila melanogaster) é composta de cinco segmentos.
A segmentação é também importante evento no desenvolvimento ordenado da forma em muitos animais e tem sido estudado melhor nos insetos.
A medida que a mosca-das-frutas (D. melanogaster) se desenvolve de ovo até adulto, uma sequência de genes é ativada que primeiro 1) define os eixos anterior/posterior e dorsal/ventral do embrião bilateral e então 2) forma uma série de segmentos equivalentes e 3) finalmente especifica a especialização dentro de cada um desses segmentos. Esses genes que controlam a morfogênese em cada um desses níveis do desenvolvimento são chamados de genes de efeito materno, genes de segmentação e genes homeóticos respectivamente.
Enquanto estudava a locomoção nos anelídeos o zoólogo inglês R. B. Clark desenvolveu uma outra explicação para a segmentação, a qual é chamada de "teoria do enterramento cavando túnéis" (Burrowing theory) que afirma que a segmentação do celoma hidráulico capacitou os anelídeos a enterrarem-se cavando túneis. Ambos (vermes não-segmentados e segmentados) cavam usando a contração de músculos circulares e longitudinais para gerar uma o onde de peristalse ao  longo do corpo. Os vermes segmentados isolam a mudança na pressão do fluído celômico em um segmento ou grupos de segmentos; como resultado regiões do corpo entre segmentos contraidos não experimentam altas pressões e não se contraem mantendo a forma do corpo; o que acontece com menos gasto de energia.


Apresentam corpo alongado e cilíndrico, divido em anéis ou METAMÊROS.

6) PROTOSTÔMIOS (blastóporo da origem à boca) CELOMADOS (apresentam Celoma que é a cavidade do corpo originado no interior do mesoderma ESQUIZOCELOMA.
Essa cavidade do corpo é preenchida por um fluido, onde o intestino e todos os outros órgãos se encontram.
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7) CERDAS são usadas para se classificar os anelídeos em:
POLIQUETOS - muitas cerdas (marinhos ex.: Nereis)
OLIGOQUETOS – poucas cerdas (terrestres ex.: minhoca)
HIRUDÍNEA – sem cerdas (aquáticos e terrestres ex.: Hirudo spp. sanguessuga)

8) CUTÍCULA PROTETORA
A cutícula protege o corpo do animal quando em movimento dentro dos túneis evitando danos (estresse tecidual). 

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9) APRESENTAM MÚSCULOS BEM DESENVOLVIDOS
(músculos longitudinais e músculos circulares em cada segmento), o que facilita a contração e relaxamento dos músculos durante o deslocamento.
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10) NUTRIÇÃO
Existem espécies predadoras, como, por exemplo, os poliquetos carnívoros que possuem mandíbulas para a captura de alimento; outras espécies são detritívoras ingerem sedimentos que constitui o solo (as minhocas terrestres possuem também cecos intestinais e tiflossole modificações que aumentam muito a absorção do alimento); outras se alimentam por filtração. E ainda temos as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.
 PORÇÃO INICIAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO (ESQUEMÁTICO)
SISTEMA DIGESTÓRIO, NERVOSO E EXCRETOR
(CORTE TRANSVERSAL DE UM OLIGOQUETA)


 MANDIBULAS DE UM POLIQUETO CARNÍVORO
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11) SISTEMA CIRCULATÓRIO
Sistema circulatório fechado, formado por vasos sanguíneos interligados, composto por um vaso sanguíneo dorsal e outro ventral, os cinco pares anteriores e o vaso dorsal são musculosos e bombeiam o sangue para todo o corpo.
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12) SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é formado por um par de gânglios cerebrais semelhantes a um cérebro que se localiza acima e a frente da faringe, um anel de cordões nervosos ao redor da faringe, conecta-se a gânglios ventrais em cada segmento.
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13) RESPIRAÇÃO
Respiração CUTÂNEA (através da pele) nos terrestres
Respiração branquial (através de brânquias) nos aquáticos
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14) REPRODUÇÃO
SÃO ORGANISMOS HERMAFRODITAS
NÃO OCORRE AUTOFECUNDAÇÃO

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