terça-feira, 16 de outubro de 2012

Angiosperma



Maracujazeiro: uma angiosperma.

As angiospermas são as plantas de maior ocorrência em nosso planeta, apresentando-se nos mais diversos tamanhos, formas e ambientes. Diferentemente das gimnospermas, são dotadas de flores e frutos. Esta primeira estrutura abriga os elementos relacionados à reprodução sexuada e outras estruturas, a seguir:






- Gineceu (sistema reprodutor feminino):




- Androceu (sistema reprodutor masculino):
pedicelo é responsável pela sustentação da flor ao caule e o receptáculo é a estrutura que prende as sépalas. Estas, em conjunto, são denominadas cálice; e o conjunto de pétalas é a corola.

Na região terminal dos estames há as anteras: estruturas que abrigam o pólen. Já na região basal do gineceu, localiza-se o ovário da flor.

As cores atrativas das pétalas, o cheiro da flor e a presença de néctar permitem com que insetos, aves e morcegos se aproximem destas estruturas. Desta forma, tais indivíduos são capazes de propiciar a polinização, ao levarem os pólens até o estigma. Após este evento, o óvulo fecundado transforma-se em semente; e as paredes do ovário, em fruto.

Ao envolver as sementes, os frutos protegem estas estruturas, permitindo com que a dispersão destas aconteça de forma mais eficiente. Por serem base para a alimentação de diversos animais, estes podem também facilitar este processo.

Estas duas características, aliadas ao surgimento do sistema de vasos condutores, são os três grandes fatores que contribuíram para que este grupo vegetal fosse constituído, hoje, de mais de 235 mil espécies, em todo o planeta.

Gimnosperma

   

Características Gerais

Não possuem frutos
Primeiros vegetais com flores (sem graça) e sementes
Primeiros vegetais a surgirem com Grão-de-Pólem e óvulo
Primeiros vegetais a conquistarem definitivamente a independência da água para fecundação (fim do quimiotactismo)

Quimiotropismo

Oosfera atraí o núcleo germinativo liberando substâncias químicas, e este vai ao seu encontro através do crescimento do corpo de seu órgão (grão-de-pólen)

Esporófito

Raiz
Caule
Folha
Flor
Semente

Gametófito

Masculino: Tubo polínico
Feminino: Megaprotalo

Classificação

Coníferas (Pinheiro, Ciprestes, Sequóia,...)
Gnitíneas
Cicadáeas
Ginkgoines (Ginkgo biloba) - Primitivo

Importância

Evolutiva : Tudo o que foi pioneira
Industrial: Xampu, remédios, moveis, essência de perfumes, papel, fósforo, lápis
limentar: Pinhão do pinheiro
Ornamental: Paisagismo
Ecológica: Mais usada para reflorestamento

O Pinheiro

Gimnospermas: Pinheiro

Pinheiro

O grão-de-pólen e o óvulo

Gimnospermas: Grão-de-pólen e o Óvulo

Grão-de-pólen e o óvulo

Reprodução - Polinização

Gimnospermas: Reprodução - Polinização

Esporófito - Faze duradoura

A oosfera libera substâncias químicas que atraem o grão-de-pólen para fecundar, nesse caso promove o crescimento da Intina e o rompimento da exina (quimiotropismo). O Núcleo Vegetativo controla o crescimento desse prolongamento da Intina, chamado de Tubo Polínico.
A oosfera libera substâncias químicas que atraem o grão-de-pólen para fecundar, nesse caso promove o crescimento da Intina e o rompimento da exina (quimiotropismo). O Núcleo Vegetativo controla o crescimento desse prolongamento da Intina, chamado de Tubo Polínico
Fonte: www.estudanet.hpg.ig.com.br

Reino Metáfita: Divisão Briófita (musgos)

             
Os musgos são os maiores representantes das briófitas,apresentam 90.000 espécies já classificadas. São plantas avasculares  e umbrófitas, ou seja, são desprovidas de vasos condutores de seiva e habitam ambientes sombrios e úmidos.
Algumas espécies de musgos podem ser encontradas  em habitats desérticos e ainda formarem extensos tapetes sobre rochas expostas. Apresentam rizóides, caulóides e filóides.
São plantas criptógamas, apresentam o órgão reprodutor escondido e não apresentam flores.
Dependem de água para sua reprodução, onde a fase dominante é o gametófito.
Os musgos são plantas de pequeno porte, apresentam poucos centímetros de altura, justamente por não apresentarem vasos condutores. Seu pequeno tamanho facilita o transporte de nutrientes que é feito célula a célula.
Foto: Michelle Silva Carvalho Nunes
Foto: Michelle Silva Carvalho Nunes (clique para ampliar)
Encontram-se divididos em três classes: Sphagnidae (os musgos-de-turfeira), Andreaeidae (os musgos-de-granito) e Bryidae(conhecidos como “musgos verdadeiros”).
Os musgos apresentam grande importância ecológica, uma vez que reduzem o processo erosivo, atuam como reservatórios de água e nutrientes, oferecem abrigo a microorganismos e são viveiros para outras plantas em processo de sucessão e regeneração.


Características dos metáfita.

1- Eucariotos e multicelulares.

2- Apresentam clorofila - pigmento que da cor verde aos vegetais e que é produzido nos cloroplastos.

3- São autotróficos (fotossintetisantes).
Luz + clorofila + co2 + açúcar ( proteína , aminoácidos , ácidos graxos ) = reação da fotossíntese.

4- Reprodução do tipo metagênese ou alternância gerações.

5- Apresentam embrião multicelular retido e nutrido pelo gametófito feminino = matrotrofia.

Botânica

                
Botânica é o estudo da fisiologia, morfologia, ecologia, evolução, anatomia, classificação, doenças, distribuição, dentre outros aspectos das plantas. Essa ciência foi reconhecida como tal em 1979, juntamente com os cursos de Biologia.

A história dessa área das ciências naturais nos remete a um passado bem longínquo: sabe-se, por exemplo, que no ano 370 antes de Cristo, um filósofo grego chamado Teofrastus, discípulo de Aristóteles - este que havia classificado as plantas em “com flores” e “sem flores” - escreveu dois tratados: "Sobre a História das Plantas" (Historia Plantarum) e "Sobre as Causas das Plantas".

O alemão Otto Brunfels, no século 16, publicou uma obra denominada Herbarium, com informações precisas sobre algumas espécies de plantas e, dois séculos depois, o botânico sueco Lineu propôs a nomenclatura binomial para identificação, também, deste reino vivo. Seu sistema de classificação era baseado na posição e número de estames na flor. Ambos são considerados como os pais da botânica científica.

Eicher, mais tarde, propôs a subdivisão do Reino Plantae em criptógamas e fanerógamas: plantas sem e com flores, respectivamente. Outro cientista, Engler, propôs a classificação entre talófitas e cormófitas, sendo essas últimas as que possuem raiz, caule e folhas. Atualmente, com o advento da filogenia e avanço da Biologia Molecular, outras formas de classificação vêm sendo propostas.

Em nosso país, o estudo dos vegetais foi impulsionado pela chegada da corte portuguesa, tendo como consequência a criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1808, por D. João VI.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aves


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As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, bípedes,homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. Habitam todos os ecossistemas do globo, do Ártico à Antártica. As aves atuais variam muito em tamanho, do Mellisuga helenae de 5 centímetros ao avestruz de 2,75 metros. O registro fóssil indica que as aves evoluíram dos dinossauros terópodes durante o período Jurássico, por volta de 150-200 milhões de anos atrás (Ma), e a primeira ave conhecida é o Archaeopteryx do Jurássico Superior, cerca de 150-145 Ma. A maioria dos paleontólogos considera as aves como o único clado de dinossauros a sobreviver ao evento de extinção Cretáceo-Paleogeno, aproximadamente 65,5 Ma. São reconhecidas aproximadamente 10 000 espécies de aves no mundo.

Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluídos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.

Enquanto a maioria das aves se caracteriza pelo voo, as ratitas não podem voar ou apresentam voo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticas,mamíferos em particular).

Répteis

Tartaruga. Nome científico: Podocdemis expansa
 
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Cobra caninana. Nome científico: Spilotes pullatus 
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Jacaré. Foto: Anscar Schaefer. Fazenda no Pantanal - MS. 2008. Ordem: Crocodylia Família: Alligatoridae. 
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RÉPTEIS
O nome réptil vem do latim reptare, que significa "rastejar". Os répteis constituem a primeira classe de animais vertebrados a conquistar definitivamente o meio terrestre; para isso, foi necessário que sofressem uma série de adaptações. Os répteis põem menos ovos que os peixes e anfíbios, pois o sucesso reprodutivo é maior. Seus ovos possuem adaptações para o desenvolvimento em ambiente terrestre, as quais diminuem a mortalidade de embriões: os ovos são revestidos por uma casca dura que os protegem da desidratação, deformação e choques.A maioria dos répteis é ovípara e esconde seus ovos no solo, areia, leito de folhas, buracos em madeira ou paredes onde o calor do ambiente ajuda a incubá-los. Ex: tartaruga-marinha, jacaré e lagartixa. Existem também os répteis ovovivíparos, estes põe ovos quando os filhotes já estão desenvolvidos em seu interior; a eclosão destes ocorre logo após a fêmea botá-los. São animais ectotérmicos, ou seja, a temperatura interna do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente, e por isso, são mais facilmente encontrados em regiões onde a temperatura mais elevada acelera seu metabolismo. Um exemplo é o banho de sol de jacarés às margens dos rio.

Vídeo sobre os Cordados






Cordados



Características e Classificação dos Cordados
Todo cordado apresenta, pelo menos em alguma fase de sua existência:
  • notocorda, situada ao longo do eixo mediano dorsal do animal;
  • um tubo nervoso localizado dorsalmente, acima da notocorda;
  • fendas situadas bilateralmente na faringe;
  • cauda pós-anal, primariamente importante para a propulsão no meio aquático. Dela, apenas um vestígio - o cóccix, formado de um conjunto de vértebras pequenas no fim da coluna vertebral - restou nos seres humanos.
Nos grupos de invertebrados, as características morfológicas sempre foram definidas a partir do estudo de animais adultos. Nos cordados, no entanto, a caracterização do grupo deve ser procurada na fase embrionária. É nessa fase que todo o cordado apresenta as quatro características típicas do grupo: notocorda, tubo nervoso dorsal, fendas na faringe e cauda pós-anal.
Na fase adulta dos vertebrados mais complexos, essas estruturas ou desaparecem, como é o caso da notocorda e das fendas na faringe, ou sofrem consideráveis modificação, como é o caso do tubo nervoso, que passa por uma grande expansão, levando à diferenciação do encéfalo e da medula espinhal.
Uma classificação satisfatória dos cordados consiste em agrupá-los em três subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata (ou Craniata). Os urocordados e os cefalocordados também são conhecidos como protocordados. Os protocordados não possuem crânio, nem cartilagem, tampouco ossos.
Lampreia
 
Entre os vertebrados, os mais primitivos são os que possuem boca circular, não-dotada de mandíbulas. Estes compõem os grupos dos vertebrados amandibulados ou ágnatos (do grego, a = ausência de + gnathos = maxila).
Por possuírem boca circular, também são conhecidos por ciclostomados (do grego, kúklos = circulo + stoma = boca). Os exemplares mais conhecidos atualmente são as lampreias.
Nos vertebrados mais complexos, a boca possui mandíbulas. São osgnatostomados, que incluem dois grupos: o dos peixes - que, por sua vez, contém a classe dos peixes cartilaginosos e dos peixes ósseos - e o dos tetrápodos (do grego, tetra =quatro + podos = pés), assim chamados por possuírem apêndices locomotores pares (inclui os anfibios, répteis, aves e mamíferos).


Subfilo Urochordata
Também conhecidos como tunicados, nome que se deve ao envoltório do corpo, uma túnica espessa, de cuja composição química participa a tunicina, uma substância semelhante à celulose.
Os representantes mais conhecidos desse grupo são as ascídias, cordados marinhos que podem viver isolados ou formando colônias. Uma das formas isoladas muito encontrada nas praias brasileiras lembra, no adulto, um pedaço de piche de aproximadamente 8 cm de altura, preso por uma de suas extremidades ao substrato (rochas, cascos de navios etc.)

 

Observe na figura acima as duas aberturas. O maior é o sifão inalante, permite o ingresso de água trazendo oxigênio e partículas alimentares que ficam retidas na faringe perfurada por fendas. Por batimento ciliar, o alimento é levado da faringe ao estômago. A água que entra no animal, sai pelo segundo sifão, o sifão exalante, levando os produtos de excreção. São, portanto, animais filtradores.
As ascídias são hermafroditas. A fecundação é externa. Os gametas são levados pela água através do sifão exalante. Os ovos fertilizados geram larvas, de pequeno tamanho. A larva, mostrada acima, parece muito com a larva de sapo (girino) o que sugere forte parentesco com os vertebrados.
Equinodermos
Saiba mais sobre os equinodermos, exemplos, foto, características, animais marinhos
foto equinodermo - estrela-do-mar Estrela-do-mar: um dos mais conhecidos equinodermos
São animais marinhos, de vida livre, exceto pelos crinoides que vivem fixos ao substrato rochoso (sésseis) e de simetria radial que também contem sua exceção: as plumas-do-mar, que se locomovem pelos cínus.

Como exemplo, podem ser citados os equinodermos: estrela-do-mar, holotúria e ouriço-do-mar. Este filo surgiu no período Cambriano recente e possui cerca de 7.000 espécies viventes e 13.000 extintas.

Contando com as Concentricycloideas, as espécies atualmente vivas deste filo se encontram dentro da seguinte classificação:

- Echinoidea (ouriço-do-mar e bolachas-da-praia)
- Asteroidea ou asteróides (estrelas-do-mar)
- Concentricycloidea, notáveis pelo seu único sistema vascular; duas espécies; recentemente separadas dos Asteróides.
- Ophiuroidea (ofiúro)
- Holothurioidea (holotúria ou pepino-do-mar)
- Crinoidea (lírio-do-mar)

Estes seres vivos possuem um sistema nervoso central bastante simples, com uma limitada rede nervosa, cujos neurônios não estão conectados aos órgãos centrais. Embora não possuam cérebro, alguns animais deste filo possuem gânglios.

Apesar de possuírem sexos diferentes, estes seres se reproduzem sem contato físico, ou seja, sua reprodução se dá através da liberação de óvulo e espermatozóide dentro da água, sendo assim, a fertilização ocorre externamente.

Muitos equinodermos possuem uma extraordinária capacidade de regeneração, como por exemplo, a estrela do mar, que ao ser cortada em muitas partes, é capaz de se regenerar após alguns meses.

Curiosidade: 
Echinodermata é o maior filo animal que não possui nenhuma representação em água doce e nem em vida terrestre.
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Artrópodes



Os artrópodes  são seres triblásticos, celomados, de simetria bilateral e que possuem pernas articuladas. Esses organismos habitam os mais diversos ambientes aéreo, terrestre e aquático, sendo que cada qual é adaptado para o seu ecossistema.
O exoesqueleto de quitina que reveste todo o corpo do animal é a característica mais marcante dos artrópodes. Ele é formado por placas que se articulam, propiciando movimentos do corpo e de seus apêndices, como as pernas.
Como o exoesqueleto é rígido ele atua como estrutura de proteção e suporte do corpo; por ser articulado, não impede a mobilidade do animal. Além disso, ele é impermeável a gases e líquidos.
Atualmente os Artrópodes podem ser classificados em três subfilos:
Chelicerata: artrópodes que possuem quelíceras e são representados principalmente pelas classes Arachnida (aranhas e escorpiões)  Merostomata(límulus ou carangueijo-ferradura).
- Crustacea: subfilo com cerca de dez classes, cujos representantes mais conhecidos são os siris, as lagostas e os camarões.
Uniramia: representado pelos artrópodes que possuem apêndices articulados não-ramificados, como antenas e pernas, formados por apenas um ramo; daí o nome do grupo. Nesse subfilo estão as classes Insecta (moscas, mosquitos, abelhas e formigas, por exemplo), Diplopoda (piolho-de-cobra) e Chilopoda (centopéias).
Veja uma tabela abaixo com as principais características das classes e subfilos dos artrópodes.

Anelídeos


CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ANELIDEOS

ANELIDEO 
ORIGEM DOS TECIDOS DE UM ANELIDEO ADULTO
(imagem: Google images)


1) TRIBLÁSTICOS
.
2) BILATERAL

3) APRESENTAM METAMERIA (apomorfia dos anelídeos)
Corpo segmentado com os segmentos repetidos inúmeras vezes ao longo do corpo (metâmeros = segmentos = anéis).
(Annelida - do latim annelus, pequeno anel)
.
4) APRESENTAM CERDAS
Estruturas quitinosas que tem função na locomoção (minhocas terrestres) e auxiliam no deslocamento e na respiração branquial nos anelídeos marinhos (cerdas modificadas chamadas de PARAPÓDIOS).

5) SEGMENTAÇÃO OU METAMERIA

COMO SURGIU A SEGMENTAÇÃO,  QUAL A IMPORTÂNCIA DA SEGMENTAÇÃO? 

A segmentação ou metamerismo é característico de animais cujos corpos são divididos em séries longitudinais de unidades repetidas ou segmentos (metâmeros).

VANTAGENS DA SEGMENTAÇÃO
Uma das  vantagens mais importante da segmentação divide o corpo em uma série de compartimentos, cada um dos quais pode ser regulado mais ou menos independentemente.  Assim, a evolução da segmentação, como a evolução da MULTICELULARIDADE  e da COLONIALIDADE proveu uma rede de especialização. Nas colônias, tal especialização é aparente no polimorfismo dos zoóides, enquanto nos animais segmentados ela resulta em uma especialização regional dos segmentos.

O mais simples exemplo de especialização regional é encontrado em anelídeos nos quais o corpo pode ser fracamente dividido em CABEÇA, TÓRAX e ABDOMEM.  Essas mesmas divisões são mais proeminentes nos insetos e muitos crustáceos. No caso extremo,  por exemplo, nos vertebrados superiores,  mesmo o arranjo segmental dos músculos é obscurecido pela especialização regional (do corpo).
A especiallização regional é o resultado de três processos (restrição, divergência e fusão).
O primeiro é a restrição de certas estruturas segmentais à apenas alguns segmentos, por ex.: as gônadas são geralmente restritas à uns poucos segmentos genitais especializados. Outras estruturas segmentares podem ser retidas em todos segmentos mas podem estruturalmente divergir uns dos outros e adotar funções diferentes.
Tal divergência é comum entre apêndices segmentados alguns dos quais podem ser especializados para locomoção, enquanto outros funcionam, por ex.: para raspar, mascar, realizar trocas gasosas. Especialização também resulta da fusão dos segmentos. Embora a fusão possa ocorrer em qualquer lugar ao longo do comprimento do animal segmentado é comumente expresso como fusão anterior de um ou mais segmentos com um acron para formar uma cabeça complexa.
A cabeça de um poliqueto comum como o Nereis sp. é formada de um acron e no mínimo dois segmentos enquanto que a cabeça de  uma mosca das frutas (Drosophila melanogaster) é composta de cinco segmentos.
A segmentação é também importante evento no desenvolvimento ordenado da forma em muitos animais e tem sido estudado melhor nos insetos.
A medida que a mosca-das-frutas (D. melanogaster) se desenvolve de ovo até adulto, uma sequência de genes é ativada que primeiro 1) define os eixos anterior/posterior e dorsal/ventral do embrião bilateral e então 2) forma uma série de segmentos equivalentes e 3) finalmente especifica a especialização dentro de cada um desses segmentos. Esses genes que controlam a morfogênese em cada um desses níveis do desenvolvimento são chamados de genes de efeito materno, genes de segmentação e genes homeóticos respectivamente.
Enquanto estudava a locomoção nos anelídeos o zoólogo inglês R. B. Clark desenvolveu uma outra explicação para a segmentação, a qual é chamada de "teoria do enterramento cavando túnéis" (Burrowing theory) que afirma que a segmentação do celoma hidráulico capacitou os anelídeos a enterrarem-se cavando túneis. Ambos (vermes não-segmentados e segmentados) cavam usando a contração de músculos circulares e longitudinais para gerar uma o onde de peristalse ao  longo do corpo. Os vermes segmentados isolam a mudança na pressão do fluído celômico em um segmento ou grupos de segmentos; como resultado regiões do corpo entre segmentos contraidos não experimentam altas pressões e não se contraem mantendo a forma do corpo; o que acontece com menos gasto de energia.


Apresentam corpo alongado e cilíndrico, divido em anéis ou METAMÊROS.

6) PROTOSTÔMIOS (blastóporo da origem à boca) CELOMADOS (apresentam Celoma que é a cavidade do corpo originado no interior do mesoderma ESQUIZOCELOMA.
Essa cavidade do corpo é preenchida por um fluido, onde o intestino e todos os outros órgãos se encontram.
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7) CERDAS são usadas para se classificar os anelídeos em:
POLIQUETOS - muitas cerdas (marinhos ex.: Nereis)
OLIGOQUETOS – poucas cerdas (terrestres ex.: minhoca)
HIRUDÍNEA – sem cerdas (aquáticos e terrestres ex.: Hirudo spp. sanguessuga)

8) CUTÍCULA PROTETORA
A cutícula protege o corpo do animal quando em movimento dentro dos túneis evitando danos (estresse tecidual). 

 .
9) APRESENTAM MÚSCULOS BEM DESENVOLVIDOS
(músculos longitudinais e músculos circulares em cada segmento), o que facilita a contração e relaxamento dos músculos durante o deslocamento.
 .
10) NUTRIÇÃO
Existem espécies predadoras, como, por exemplo, os poliquetos carnívoros que possuem mandíbulas para a captura de alimento; outras espécies são detritívoras ingerem sedimentos que constitui o solo (as minhocas terrestres possuem também cecos intestinais e tiflossole modificações que aumentam muito a absorção do alimento); outras se alimentam por filtração. E ainda temos as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.
 PORÇÃO INICIAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO (ESQUEMÁTICO)
SISTEMA DIGESTÓRIO, NERVOSO E EXCRETOR
(CORTE TRANSVERSAL DE UM OLIGOQUETA)


 MANDIBULAS DE UM POLIQUETO CARNÍVORO
 .
11) SISTEMA CIRCULATÓRIO
Sistema circulatório fechado, formado por vasos sanguíneos interligados, composto por um vaso sanguíneo dorsal e outro ventral, os cinco pares anteriores e o vaso dorsal são musculosos e bombeiam o sangue para todo o corpo.
 .
12) SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é formado por um par de gânglios cerebrais semelhantes a um cérebro que se localiza acima e a frente da faringe, um anel de cordões nervosos ao redor da faringe, conecta-se a gânglios ventrais em cada segmento.
 .
13) RESPIRAÇÃO
Respiração CUTÂNEA (através da pele) nos terrestres
Respiração branquial (através de brânquias) nos aquáticos
.
14) REPRODUÇÃO
SÃO ORGANISMOS HERMAFRODITAS
NÃO OCORRE AUTOFECUNDAÇÃO